Uma teoria matemática não deve ser considerada completa, até que você a tenha deixada tão clara, de modo a poder ser explicada para o primeiro homem que você encontrar na rua.

David Hilbert (1862 - 1943) - Em discurso no Congresso Internacional de Matemática em Paris, 1900  (Bulletin of the American Mathematical Society 8, 1902, tradução nossa).

A importância da Educação Financeira

A partir do momento que a economia brasileira inicia seu processo de estabilização com a implantação do Plano Real em meados da década de 1990, inicia-se também um processo de abertura de crédito e a consequente expansão do mercado consumidor.

Hoje, quase 20 anos depois de iniciado esse processo, temos no Brasil um mercado consumidor muito grande e com grandes oportunidades de expansão, principalmente para as classes C e D.

Parte desse efeito se deve a política de distribuição de renda implementada pelo Governo Lula, mas outra grande parte se deve aos efeitos que a redução das taxas de juros e a facilidade para abertura de crédito provocam sobre o desejo de consumir da população.

Estudo recente da LCA Consultores aponta que o endividamento da população brasileira nunca esteve tão elevado e corresponde a 40% de todos os rendimentos recebidos pelas famílias.

Porém, engana-se quem pensa que o endividamento atinge apenas as classes mais baixas da população ou aqueles que têm menos instrução, a “febre do consumismo” atinge todas as classes sociais, uma vez que quanto maior o nível de renda maiores são as oportunidades para contrair dívidas e maior o nível de consumo, incluindo os chamados ‘bens de luxo”.

Nesse cenário, torna-se de fundamental importância que as pessoas tenham o real conhecimento das suas despesas e receitas e, além disso, conheçam as melhores opções para o consumo consciente.

É nesse sentido que propomos um pequeno roteiro para estudo e compreensão dos aspectos relacionados a educação financeira, tendo como base as REGRAS colocadas pelo Professor Raphael Paschoarelli no seu livro "A regra do jogo".

Na próxima semana veremos a primeira regra: JÁ QUE O DINHEIRO PERDE PODER AO LONGO DO TEMPO, ENTÃO PODEMOS CONCLUIR QUE NÃO EXISTE FINANCIAMENTO NEM EMPRÉSTIMOS SEM JUROS.

Até a próxima semana!!!!!!!!!!!!

Foto: Jeff Belmonte

Zilda Santos é mestre em Economia, com graduação em Ciências Econômicas e Licenciada em Matemática. Como Professora da UFOPA atua no Instituto de Ciências da Sociedade e trabalha na equipe técnica do Projeto Economia - LAPMAT.