Uma teoria matemática não deve ser considerada completa, até que você a tenha deixada tão clara, de modo a poder ser explicada para o primeiro homem que você encontrar na rua.
David Hilbert (1862 - 1943) - Em discurso no Congresso Internacional de Matemática em Paris, 1900 (Bulletin of the American Mathematical Society 8, 1902, tradução nossa).
REGRA: Procure conhecer todas as taxas que fazem parte do seu financiamento e assim conhecer o custo efetivo do seu financiamento
É muito comum as financeiras e os bancos inserirem no valor total a ser financiado ou emprestado valores extras ao valor do bem ou do valor principal do empréstimo, esses custos ficam camuflados e o leigo nem percebe que está pagando juros sobre valores que poderiam ficar fora do financiamento.
O que é mais grave nessa situação é que a taxa de juros anunciada acaba não sendo a taxa efetiva paga pelo cliente no financiamento ou no empréstimo.
Entre esses custos os mais comuns são:
Esses são apenas algumas situações. Para ficar bem claro, segue um exemplo comparando o financiamento de um carro com IOF inserido no valor a ser financiado e sem o IOF no valor financiado.
Situação: Um carro no valor de R$ 24.000,00 será financiado em 36 meses a taxa de 1,90% a.m.
Financiamento com IOF: considerando que o financiamento foi realizado utilizando o Sistema Price o valor total do IOF a ser financiado será de R$ 621,30, ou seja, o valor financiado deixa de ser os R$ 24.000,00 e passa a ser R$ 24.621,30, o que altera o valor da prestação, que passa de R$ 926,53 para R$ 950,52 e faz com que a taxa real ou custo efetivo do financiamento não seja os 1,90% anunciado mas 2,06%.
Financiamento sem IOF: sem o IOF o valor financiado permanece os mesmo R$ 24.000,00 e a taxa efetiva permanece 1,90% a.m.
Esse é um exemplo que considera apenas o acréscimo do IOF no financiamento, mas como dito anteriormente existe uma série de outras taxas que comumente são acrescidas no valor a ser financiado ou emprestado sendo assim importante conhecermos a taxa efetiva para negociarmos a menor taxa entre as Instituições.
No próximo artigo, partiremos para a 3º regra: Evite ao máximo a compra parcelada, poupe primeiro para poder comprar à vista, mas se a ansiedade for maior evite ao menos os parcelamentos muito longos e pesquise as taxas de juros e as demais taxas necessárias no financiamento
Até breve!!!!!!!!!!!!!
Zilda Santos é mestre em Economia, com graduação em Ciências Econômicas e Licenciada em Matemática. Como Professora da UFOPA atua no Instituto de Ciências da Sociedade e trabalha na equipe técnica do Projeto Economia - LAPMAT.