Uma teoria matemática não deve ser considerada completa, até que você a tenha deixada tão clara, de modo a poder ser explicada para o primeiro homem que você encontrar na rua.
David Hilbert (1862 - 1943) - Em discurso no Congresso Internacional de Matemática em Paris, 1900 (Bulletin of the American Mathematical Society 8, 1902, tradução nossa).
A cesta básica em Santarém teve uma pequena queda de 2,49% em novembro, passando a custar R$ 238,19, mesmo com essa queda o aumento acumulado do ano é superior de 9,98% ainda é superior a inflação medida pelo IPCA que até novembro é de 5,01%, indicado que a cesta básica em Santarém está aumentando acima da inflação.
Ainda assim, Santarém permanece com o valor da cesta básica em um patamar inferior ao da capital do Estado, que em novembro apresentou um novo aumento atingindo o valor de R$ 270,22.
O gráfico 1 mostra a evolução no valor da cesta básica em Santarém e em Belém.
Gráfico 1 – Valor da cesta básica em Santarém
Fonte: Pesquisa da Cesta Básica em Santarém – Projeto Cesta Básica
Apesar da queda no valor total da cesta básica, neste mês de novembro alguns produtos tais como arroz, café, farinha, feijão, manteiga e óleo apresentaram aumento nos seus preços, sendo o maior aumento registrado pelo café de 12,90%.
Arroz
Pelo terceiro mês consecutivo o arroz apresentou aumento nos seus preços, neste mês de novembro o aumento foi de 9,72%, problemas climáticos nos maiores produtores do grão, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, tornaram a safra menor o que pressionou os preços ao consumidor para cima.
Café
O preço do café aumentou 12,9% em novembro, tal aumento foi repassado ao consumidor como resultado do aumento da demanda externa o que torna a oferta do produto no mercado interno menor.
Farinha
A farinha pelo segundo mês consecutivo apresentou aumento, em novembro o acréscimo nos preços foi de 6, 27%, como a farinha comercializada no município é produzida na própria região em comunidades locais por produtores da agricultura familiar, esse aumento nos preços deve-se a condições de precárias de comercialização.
Feijão
O feijão após um primeiro semestre de forte aumento teve seus preços estabilizados no segundo semestre só voltado a registrar aumento nos seus preços no mês de novembro, aumento este que foi de 2,27% ocorreu devido a um ajuste natural nos preços de mercado.
Manteiga
A manteiga aumentou 1,42% neste mês de novembro, como derivado do leite a manteiga sofre todos os impactos ocorridos no preço do leite, de modo que a seca prolongada em algumas regiões produtoras tem causado queda na oferta e aumento nos preços dessa matéria-prima.
Óleo
O óleo apresentou um pequeno aumento de 0,52% no mês de novembro, tal aumento é reflexo do aumento nos preços da soja, principal matéria-prima do óleo de cozinha.
Acompanhando a queda que houve no valor da cesta básica no mês de novembro, a análise mais ampla com outros produtos além dos que compõem a cesta básica mostrou comparativamente a outubro queda nos preços medianos tanto no grupo de gêneros alimentícios, quanto no grupo de higiene e limpeza.